O governo dos Estados Unidos continuará dialogando com a China para tentar convencê-la da necessidade de apoiar uma nova série de sanções contra o Irã, depois que Pequim defendeu na quarta-feira a via diplomática.
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Assim declarou nesta sexta-feira, 05, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que iniciou intensas negociações para tentar convencer seus parceiros no Grupo 5+1 - China, EUA, França, Reino Unido e Rússia mais Alemanha - da necessidade de impor novas sanções ao Irã, mais centradas na elite governista.
O ministro de Assuntos Exteriores chinês, Yang Jiechi, disse nesta semana que "o urgente é continuar com o diálogo e as negociações diplomáticas" com o Irã. Dessa forma, o chanceler quer refutar a intenção dos EUA e de outros países de impor mais sanções ao Irã por sua recusa em suspender o programa nuclear.
O Irã "não fechou as portas ao diálogo" com a comunidade internacional no caso do programa de enriquecimento de urânio, afirmou nesta sexta o chefe da diplomacia chinesa em Munique (Alemanha), onde participa da Conferência de Segurança.
Hillary lembrou que a comunidade internacional sempre buscou um processo de via dupla - uma diplomática e outra de sanções -, mas o governo dos EUA considera que neste momento deve recorrer à pressão de sanções.
É "importante que avancemos em avaliar que pressão e que sanções podem ser impostas aos iranianos", assinalou. Por isso, disse, "continuaremos conversando com todos os nossos parceiros para isso, inclusive a China", afirmou.
Os EUA disseram que o Grupo 5+1 está atualmente compartilhando ideias sobre a possibilidade de uma nova série de sanções contra o Irã.