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EUA têm dúvidas sobre envio de mísseis Scud da Síria ao Hezbollah

Oficiais acreditam que intenção de tranferência existia, mas não sabem se armamento foi entregue

Atualização:

Associated Press

 

WASHINGTON- Os Estados Unidos acreditam que a Síria tinha a intenção de transferir mísseis de longo alcance ao grupo libanês Hezbollah, mas há dúvidas sobre se todos os Sucds foram entregues e se eles realmente entraram no Líbano, oficiais americanos disseram nesta sexta-feira, 16.

 

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O suposto envio de Scuds ao Hezbollah aumentou as tensões da Síria com Israel e deixou dúvidas sobre a retomada de relações diplomáticas entre Washington, que enviou seu primeiro embaixador a Damasco desde 2005 nos últimos meses, e o país do Oriente Médio.

 

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"Nós acreditamos que a intenção existe", disse um oficial sênior dos Estados Unidos. A autoridade e mais duas envolvidas no caso, contudo, afirmaram que não foi esclarecido se os mísseis, que poderiam atingir Israel, foram todos entregues à guerrilha islâmica que lutou uma guerra contra o Estado judeu em 2006.

 

"Nós acreditamos que algum tipo de transferência aconteceu, mas não está claro se os mísseis mudaram de mãos", disse o oficial. Uma transferência parcial poderia envolver partes de armas, documentos ou dinheiro, disseram autoridades.

 

"Não está claro que uma transferência tenha ocorrido (...) e os Estados Unidos não têm indicações de que os mísseis atravessaram a fronteira", disse um terceiro oficial.

 

Se o envio de Scuds for confirmado, poderia criar sérios obstáculos para aprovação do Senado de um novo embaixador americano em Damasco, após uma ausência de cinco anos de uma embaixada dos EUA no país.

 

Depois de o presidente de Israel, Shimon Peres, ter acusado a Síria de enviar Scuds ao Hezbollah nesta terça, o governo Obama afirmou estar preocupado sobre a transferência de armamento mais sofisticado ao grupo.

 

Damasco negou o envio e afirmou que Israel pode estar usando a acusação como pretexto para uma ofensiva militar contra a Síria.

 

Um funcionário israelense que falou sob anonimato afirmou que os mísseis Scud foram contrabandeados para o Hezbollah, um grupo islâmico apoiado pelo Irã e pela Síria, nos últimos dois meses.

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