Exército do Iraque posiciona tanques e artilharia em Falluja

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Por AHMED RASHEED
Atualização:

O Exército iraquiano posicionou tanques e artilharia na região de Falluja nesta terça-feira, segundo autoridades da área de segurança, ao mesmo tempo que líderes locais na cidade apelam para que extremistas ligados à Al Qaeda deixem o local e assim evitem o ataque militar. Autoridades da área de segurança e líderes tribais disseram que o primeiro-ministro Nuri al-Maliki concordou em postergar a ofensiva e assim dar mais tempo para que moradores de Falluja convençam os extremistas a sair do lugar. Não está claro, porém, quanto tempo eles teriam até que as tropas invadam a cidade, onde as forças norte-americanas travaram notórios combates há uma década. Combatentes, alguns deles estrangeiros, do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, um grupo ligado à Al Qaeda e também ativo do outro lado da fronteira, na Síria, tomaram postos policiais em Falluja e numa outra cidade da província de Anbar na semana passada. Muitos da minoria sunita no Iraque, preponderante em Anbar, não gostam do governo de Maliki, liderado pelos xiitas. Líderes tribais da região buscam uma solução negociada. "Se o Exército atacar Falluja para lutar contra um punhado de elementos da Al Qaeda, isso vai ter consequências terríveis, vai provocar uma violência sem fim", disse um líder tribal sunita em Falluja à Reuters, acrescentando que o conflito poderia se espalhar para outros distritos sunitas. "Estamos enviando uma mensagem clara ao governo", afirmou ele. "Vá em frente e lute contra a Al Qaeda fora de Falluja, e nós lidamos com o problema dentro da cidade." As Forças Armadas iraquianas já bombardearam extremistas na semana passada. Há integrantes de tribos sunitas da região lutando dos dois lados. Autoridades disseram que dezenas de militantes morreram, mas o número de vítimas entre civis, soldados e combatentes de tribos não está claro. Na segunda-feira, os Estados Unidos disseram que acelerariam as entregas de equipamento militar para o Iraque. Os EUA descartaram o envio de tropas, dois anos depois do fim da ocupação. Também na segunda-feira, forças de segurança iraquianas, com o apoio de combatentes das tribos, retomaram o controle do centro da capital de Anbar, Ramadi, segundo um oficial. Os combates continuam em algumas áreas nesta terça-feira.

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