Exército Mahdi segue ordem e desaparece das ruas de Bagdá

Muqtada al-Sadr pede trégua de 6 meses para rearmar o grupo após confrontos com facções rivais em Kerbala

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Por WISAM MOHAMMED
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Os seguidores armados do clérigo Moqtada al-Sadr mantiveram-se fora das ruas nesta quinta-feira, 30, depois de o líder xiita radical ter suspendido, inesperadamente, as operações de sua temida milícia, o Exército Mehdi, por até seis meses. Em Bagdá, os milicianos vestidos de preto que costumam ocupar postos de controle ao redor do bairro Sadr City, um reduto do clérigo, haviam desaparecido. Em várias partes do Iraque, mais de dez membros da milícia que conversaram com a Reuters afirmaram que obedeceriam às ordens, incluindo a instrução de não se envolverem em "ações armadas." Muitos, no entanto, deram declarações ambíguas, e disseram que enfrentariam as forças norte-americanas caso fossem provocados. "Essa foi uma decisão importante e difícil. Nunca estivemos em uma situação como esta antes", afirmou Abu Hazim, um comandante do Exército Mehdi, enquanto tomava chá na casa dele, em Sadr City. "Será difícil ficar sem fazer nada, com as mãos atadas, caso sejamos atacados ou presos pelos norte-americanos." As forças dos EUA realizaram várias operações no bairro, nas últimas semanas, investindo contra membros do Exército Mehdi que, segundo acusam, mantêm ligações com o Irã. A milícia de Sadr conta com milhares de integrantes responsáveis por controlar bairros em várias cidades iraquianas, ocupar postos de controle e exigir dinheiro de estabelecimentos comerciais em troca de proteção.

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