Expulsão de palestinos do Hamas de Jerusalém 'cria obstáculos', diz Abbas

Presidente da ANP diz que medida de Israel 'teria consequências muito perigosas'

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RAMALLAH - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, denunciou nesta quinta-feira, 24, os planos de Israel de expulsar quatro políticos do Hamas de Jerusalém alegando que tal decisão teria "consequências muito perigosas".

 

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Israel expulsa palestinos e derruba suas casas em Jerusalém Oriental desde que capturou essa porção da cidade na Guerra dos Seis Dias de 1967. O assunto é um dos mais sensíveis entre as negociações de paz na região, assim como a questão da expansão dos assentamentos judaicos.

 

Ativistas de direitos humanos, porém, dizem que a expulsão dos partidários do Hamas marca a primeira vez que o Estado judeu retira palestinos de Jerusalém por conta de sua filiação política. Israel, assim como os EUA e a União Europeia, consideram o Hamas como um grupo terrorista. O partido militante, por sua vez, não reconhece a existência do Estado de Israel.

 

Para Abbas, que faz parte do partido rival, o Fatah, a expulsão dos quatro palestinos é inaceitável e criaria obstáculos para as negociações de paz recém retomadas entre a ANP e Israel sob a mediação dos EUA.

 

A relação de inimizade de Israel com o Hamas também se deve à ocupação do partido palestino na Faixa de Gaza. Desde 2007, os militantes ocupam o território no sudoeste do Estado judeu e, por isso, as autoridades israelenses aplicam um embargo contra a região que impede a entrada de uma série de bens de consumo, principalmente materiais de construção e metais que seriam supostamente usados para a construção de armas.

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