
29 de agosto de 2011 | 15h47
A chegada da família de Gaddafi foi informada à Organização das Nações Unidas (ONU) e às autoridades rebeldes líbias, disse a agência estatal de notícias da Argélia APS, citando o ministério.
"A mulher de Muammar Gaddafi, Safia, sua filha Aisha, seus filhos Hannibal e Mohammed, acompanhados dos filhos deles, entraram na Argélia às 8h45 (4h45 de Brasília) através da fronteira Argélia-Líbia", disse a APS.
Os rebeldes líbios consideraram a decisão argelina de receber a família Gaddafi um ato de agressão e disseram que vão buscar sua extradição.
"Nós prometemos providenciar um julgamento justo a todos aqueles criminosos, e além disso nós consideramos isso um ato de agressão", disse à Reuters o porta-voz dos rebeldes Mahmoud Shamman.
"Estamos alertando a todos que não deem abrigo a Gaddafi e seus filhos. Iremos atrás deles em qualquer lugar para encontrá-los e prendê-los", acrescentou.
Autoridades rebeldes líbias já tinham acusado anteriormente a Argélia de apoiar Gaddafi durante a guerra civil no país, uma acusação negada pelo governo argelino.
O chanceler da Argélia, Mourad Medelci, teve reuniões com uma importante autoridade dos rebeldes líbios, no principal contato entre as partes após meses de relações ásperas entre a nova liderança líbia e os vizinhos argelinos, disse a APS mais cedo nesta segunda-feira.
A Argélia é o único dos vizinhos da Líbia no norte da África que ainda não reconheceu o Conselho Nacional de Transição, dos rebeldes, como novo governo líbio, depois que o complexo de Muammar Gaddafi em Trípoli foi invadido pelos rebeldes.
(Reportagem de Marie-Louise Gumuchian, Samia Nakhoul e Richard Valdmanis)
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