PUBLICIDADE

Família de soldado capturado pelo Hamas protestará por sua libertação

Gilad Shalit está desde 2006 sob poder do Hamas, que quer trocá-lo por presos palestinos

Atualização:

JERUSALÉM - A família de um soldado de Israel capturado pelo Hamas a quatro anos atrás disse nesta segunda-feira, 14, que iria começar uma campanha pela sua libertação, prometendo fazer um piquete em volta da casa do primeiro-ministro em Jerusalém até que seu filho retorne a casa, de acordo com informações do jornal Ha'aretz.

 

PUBLICIDADE

Noam Shalit, cujo filho Gilad foi capturado em 2006 em um ataque na fronteira da Faixa de Gaza, convocou uma conferência de imprensa para anunciar os planos para caminhar da casa da família no norte de Israel até Jerusalém, onde ativistas montaram um acampamento de protesto permanente no exterior da residência oficial de Binyamin Netanyahu.

 

O governo tem negociado indiretamente com o Hamas para uma troca de prisioneiros para libertar o soldado em troca de centenas de palestinos em prisões israelenses, mas as negociações continuam num impasse, com cada lado culpando o outro pelo fracasso em não chegar a um acordo.

 

"Há quatro anos dois primeiros-ministros, dois ministros da defesa e dois chefes de equipe não conseguiram trazer de volta um soldado que partiu em uma missão e nunca mais voltou - não há outra maneira de descrevê-lo", disse Noam Shalit.

 

"Hoje estamos embarcando em uma luta pública", disse. "Nós não vamos esperar uma hora a mais. Como no passado, chamamos o público a aderir à campanha para libertar Gilad".

 

Shlait disse: "Nos últimos quatro anos, temos dito que ceder às exigências do Hamas vai provocar mais sequestros. Durante quatro anos eles têm nos assustado com cenários de terror e de 'ameaças estratégicas' que resultaria na libertação de centenas de prisioneiros."

 

"Serão as forças de segurança estaduais incapazes de lidar com um pouco mais militantes libertos? Agentes de segurança disseram-me que as ameaças infundadas", disse Shalit.

Publicidade

 

Em outubro de 2009 o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um vídeo que mostra Shalit vivo e aparentemente com boa saúde - mas se recusou a permitir que os médicos ou trabalhadores de ajuda humanitária pudessem visitá-lo. Na segunda-feira o Comitê Internacional da Cruz Vermelha pediu ao Hamas para conceder-lhe o acesso ao soldado.

 

Ainda de acordo com o jornal, a marcha de campanha de Shalit será estabelecida a partir de Mitzpeh Hila na Galileia em 27 de junho, com o objetivo de chegar em Jerusalém, em 08 de julho, disse o organizador do evento, Shimshon Liebman.

 

"A família está arregaçando as mangas após colocar muita fé nos tomadores de decisão", disse Shimshon. "Agora eles entendem que não há escolha: precisamos pagar o preço e trazer Gilad".

 

Ativistas dizem que as pesquisas mostram que 67,1 por cento do público se posiciona a favor da libertação de Gilad em troca de 450 prisioneiros palestinos.

 

Na terça-feira, Noam Shalit planeja realizar reuniões com ministros e membros do Knesset para persuadi-los a trabalhar para um acordo de troca com o Hamas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.