
30 de agosto de 2011 | 10h11
Há escassez de água na capital líbia, o que força as agências humanitárias a trazerem o produto em caminhões e barcos.
O abastecimento hídrico da capital depende principalmente do "grande rio artificial" construído pelo governo de Gaddafi, que bombeia água das profundezas do deserto do Saara.
"A válvula que permite a transferência de 200 mil metros cúbicos (por dia) do sistema leste fica em Sirte, e as FG (forças de Gaddafi) a mantêm fechada", disse o relatório.
Outros 100 mil metros cúbicos diários chegam de 30 poços, mas a falta de água já obrigou a interrupção de uma rede secundária que abastece zonas rurais nos arredores de Trípoli. "Alguns subúrbios estão completamente sem água há três dias", afirmou o texto.
Rupert Colville, porta-voz de direitos humanos da ONU, disse em Genebra que a interrupção do abastecimento de água pode eventualmente ser considerada um crime contra a humanidade.
(Reportagem de Tom Miles)
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