25 de março de 2011 | 11h46
Rebelde reage a voo de avião da coalizão em Ajdabiya. Goran Tomasevic/Reuters
BENGHAZI - Os combates entre forças do ditador Muamar Kadafi e o Exército rebelde continuaram nesta sexta-feira, 25, nas cidades líbias de Misrata, Zintan e Ajdabiya, acompanhados de alguns ataques aéreos da coalizão internacional contra posições do coronel. Nas últimas 24 horas, as forças aliadas lançaram 153 incursões aéreas sobre a Líbia e 16 ataques com mísseis Tomahawk.
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As brigadas de Kadafi usaram esta manhã foguetes contra os rebeldes que se aproximam de Ajdabiya. O controle da cidade do leste do país é estratégico. De lá, sai uma estrada para Tobruk, na fronteira com o Egito, que permitiria isolar Benghazi, a capital rebelde
Após a coalizão internacional atacar tropas de Kadafi que cercavam Benghazi no final de semana, os rebeldes retomaram fôlego e rumaram à Ajdabiya, mas ainda não conseguiram tomar a cidade. Em Misrata e Zintan, no oeste, os rebeldes continuam resistindo ao cerco imposto por Kadafi.
Os aliados atiraram 16 mísseis de cruzeiro Tomahawk e realizou 153 incursões aéreas sobre a região nas últimas 24 horas mirando a artilharia, as forças mecanizadas e as infraestruturas de comando e controle de Kadafi, disse uma porta-voz do Exército norte-americano nesta sexta-feira.
Além dos Tomahawks, as forças da coalizão usaram quatro JDAMs - bombas guiadas por GPS - contra as forças militares do líder líbio, segundo Nicole Dalrymple, porta-voz do Comando para a África dos Estados Unidos, sediado na Alemanha.
Um avião norte-americano realizou 67 incursões aéreas, enquanto as outras 86 foram realizadas pelas outras equipes da coalizão. Os números registrados para um período de 24 horas até às 3h (horário de Brasília), disse Dalyrymple.
A coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Qatar, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Romênia, Holanda e Espanha deu início no sábado a uma intervenção militar na Líbia, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A resolução da ONU prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de "quaisquer medidas necessárias" para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi, que está no poder há 41 anos e enfrenta um revolta há mais de um mês. Desde o início da ação internacional, os insurgentes ganharam força.
Com Efe e Reuters
Com Efe e Reuters
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