Funcionários do Exército dos EUA são libertados pela Líbia

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Quatro funcionários do Exército dos Estados Unidos foram detidos pelo governo da Líbia na sexta-feira e mantidos sob custódia durante várias horas antes de serem soltos, disseram autoridades norte-americanas. Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado, disse que o governo do presidente Barack Obama está analisando o incidente, mas confirmou que "todos os quatro funcionários do Exército dos EUA sob custódia do governo líbio foram libertados". Uma autoridade de Defesa dos Estados Unidos disse que os quatro pareciam estar verificando possíveis rotas de retirada para diplomatas na embaixada dos EUA em Trípoli. Os norte-americanos estavam perto de Sabratha, área a oeste de Trípoli que sedia ruínas famosas, "como parte de esforços preparatórios de segurança quando foram levados sob custódia", declarou Psaki em um comunicado. Fotos de passaporte supostamente pertencentes aos quatro foram publicadas no Twitter. A identidade dos funcionários ou a autenticidade das fotos não puderam ser confirmadas de imediato. Psaki afirmou que os Estados Unidos, que apoiaram a revolta contra Muammar Gaddafi em 2011, valorizam sua relação com "a nova Líbia". "Temos uma parceria estratégica baseada em interesses mútuos e no nosso forte apoio à transição democrática histórica da Líbia", disse ela. Mais de dois anos após o colapso do reinado de Gaddafi, o país norte-africano ainda vive no caos, com insegurança generalizada, milícias rivais e um movimento autônomo florescente no leste. A detenção assume um significado maior por causa do ataque militante em Benghazi em 11 de setembro de 2012, no qual o embaixador norte-americano Chris Stevens e sete outros cidadãos dos EUA foram mortos. Os ataques desencadearam uma tempestade política em Washington, na qual republicanos acusaram o governo Obama de apresentar versões diferentes sobre quem estava por trás dos ataques. Em outubro, forças dos EUA detiveram Nazih al-Ragye, mais conhecido com o pseudônimo Abu Anas al-Liby, em Trípoli, por sua ligação com os bombardeios de embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia em 1998. (Reportagem Lesley Wroughton e Missy Ryan)

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