O governo brasileiro rejeita a ideia de uma invasão na Líbia para solucionar a crise e a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, critica europeus e americanos por terem apoiado por anos regimes autoritários que atendiam a objetivos estratégicos de Washington, Paris ou Londres. Hoje, ela participa em Genebra da reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mas deixa claro que o Brasil não aceitará ações unilaterais como solução para as tensões na região ou na Líbia.
" O momento de acabar com uma ditadura é sempre. Mas alguns países com relações históricas nunca foram censurados pois estabeleceram projetos estratégicos com países desenvolvidos ", alfinetou.
"Ainda que a situação seja muito grave, as intervenções em geral também cometem situações que não preservem direitos humanos ", alertou.
Para ela, a soluções duradoura para a maioria dos casos da região é o fortalecimento de grupos internos e entendimentos entre as próprias forças dentro de uma sociedade. "As movimentações nasceram de disposição interna de mudança e isso é muito diferente de ocupações unilaterais ", disse.