Grã-Bretanha monitora jornalistas em hotel de Trípoli

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A Grã-Bretanha está acompanhando de perto os desdobramentos em um hotel de Trípoli onde jornalistas estrangeiros estão hospedados, confinados pelos combates e protegidos por atiradores leais ao líder líbio deposto, Muammar Gaddafi, disse o secretário de Relações Exteriores britânico William Hague nesta quarta-feira. "Estou monitorando a situação de hora em hora", disse Hague a jornalistas depois de presidir uma reunião do Conselho Nacional de Segurança da Grã-Bretanha. Cerca de 35 jornalistas estrangeiros e ao menos dois políticos estrangeiros estão há cinco dias sem poder sair do hotel Rixos, que já foi uma hospedagem de luxo mas agora está em condições cada vez mais precárias. "Estamos em contato com as organizações de notícias, é claro -- estamos preocupados com a segurança deles...", disse Hague. "Também estamos fazendo o que podemos para ajudar, conversando com o Conselho Nacional de Transição (rebelde)... e outros que talvez possam ajudar." Apesar de as forças da oposição terem assumido controle de grandes partes de Trípoli, os combates continuam enquanto forças leais a Gaddafi bombardeiam áreas no centro da capital, inclusive o bairro do hotel. O hotel Rixos, ao sul do centro de Trípoli, parecia ser uma das poucas partes da cidade que não foram tomadas pelo controle rebelde. A mídia estrangeira dentro do hotel, inclusive jornalistas da Reuters, está há dias enclausurada no hotel. Franco-atiradores estavam ativos nas ruas ao lado de fora. Uma jornalista da Reuters que estava no hotel disse que estoques de alimento e água estavam diminuindo. Ela disse na manhã desta quarta-feira que os homens armados leais a Gaddafi, que estavam patrulhando o complexo do hotel, não estavam mais à vista, mas ainda não estava claro se eles haviam se retirado. (Reportagem de Stephen Addison)

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