CAIRO - O grupo armado sunita
Jundollah
se declarou autor do duplo atentado suicida de quinta-feira em uma mesquita no Irã, com um saldo de 27 mortos e mais de 300 feridos, informou nesta sexta-feira, 16, a rede de televisão
Al-Arabiya
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Em um e-mail enviado ao canal, o Jundollah informa que se tratou de um ataque em represália pela execução no Irã do líder do grupo, Abdul-Malek Rigi, no dia 20 de junho.
Segundo o grupo, o duplo atentado em uma mesquita na cidade de Zahedan foi perpetrado por dois familiares de Rigi, Abdolbaser Rigi e Mohammed Rigi. Entre as vítimas estão membros da Guarda Revolucionária do Irã, corpo de elite do país. O comunicado do grupo armado também ameaça com novas ações terroristas.
O Jundollah (Exército de Deus) é um grupo sunita que se opõe ao regime xiita do Irã e foi criado em 2002 para "defender os direitos da minoria muçulmana sunita" do país, onde os clérigos xiitas estão no poder desde a Revolução Islâmica de 1979.
Rigi foi detido no dia 23 de fevereiro em um voo entre Dubai e o Quirguistão que foi obrigado a aterrissar em Bandar-e-Abbas, no sul do Irã. O líder foi condenado à morte por sua responsabilidade em 79 operações armadas, com um saldo de 154 mortos, entre militares e civis.
Segundo a imprensa do Irã, o Jundollah foi responsável nos últimos sete anos por mais de 35 sequestros de iranianos e estrangeiros, por mais de 20 casos de chantagem e de mais de 40 operações armadas, nas quais 154 pessoas morreram e mais de 320 ficaram feridas.