
16 de agosto de 2011 | 10h05
Eles os arrastaram para fora de uma mesquita após as preces noturnas, numa localidade perto de Bagdá, disseram fontes do setor de segurança.
A matança foi parte da onda de ataques e bombardeios, aparentemente coordenados, ocorridos na segunda-feira no Iraque, com um saldo de pelo menos 60 mortos. As autoridades atribuíram a violência a grupos ligados à rede al Qaeda interessados em fazer uma demonstração de força antes da retirada das tropas dos Estados Unidos, prevista para o fim do ano.
"Indivíduos do grupo Estado Islâmico do Iraque (ISI), em uniformes do Exército iraquiano, entraram na mesquita al-Tawab e chamaram os nomes de algumas pessoas de uma lista. Eles levaram vários fiéis e atiraram neles", disse Qasim al-Hamdani, um ex-integrante da Sahwa na cidade de Yusufiya, à Reuters. Yusufiya fica 20 quilômetros ao sul de Bagdá.
Uma fonte do Ministério da Justiça afirmou que os homens deixaram uma nota perto dos corpos na qual diziam ser da ISI, um grupo ligado à al Qaeda.
A milícia Sahwa (ou Conselho do Despertar) é formada por ex-insurgentes da minoria muçulmana sunita que se voltaram contra a al Qaeda. Foi criada no final de 2006, principalmente por xeques tribais sunitas ajudados por militares dos Estados Unidos, durante a violência sectária que deixou dezenas de milhares de mortos no país.
A al Qaeda sofreu vários duros reveses recentemente, mas a onda de atentados da segunda-feira mostrou que ainda tem força.
(Reportagem da Redação de Bagdá)
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