
20 de outubro de 2009 | 16h36
Um importante comandante da Guarda Revolucionária iraniana disse nesta terça-feira, 20, que o grupo deveria receber permissão para caçar "terroristas" no vizinho Paquistão, disse a televisão estatal.
Veja também:
Irã detém três suspeitos de relação com atentado à Guarda
Grupo sunita Jundollah reivindica autoria de atentado no Irã
Irã culpa EUA, Grã-Bretanha e Paquistão por ataque suicida
A reportagem, que não forneceu nenhuma declaração direta, dizia que o comandante das forças terrestres da Guarda, Mohammad Pakpour, pediu a "emissão de permissões necessárias, permitindo que a Guarda confronte terroristas em solo paquistanês". A emissora, entretanto, não deu detalhes nem disse se estava se referindo à autorização para tal operação do governo paquistanês ou das autoridades iranianas.
O Irã diz que o grupo rebelde sunita Jundollah (soldados de Deus), que assumiu a autoria de um ataque suicida a bomba no sudeste do Irã que matou 42 pessoas no domingo, opera do Paquistão. O ataque matou 15 soldados da Guarda Revolucionária, entre eles um comandante.
O comandante-em-chefe do grupo, Ali Jafari, disse na segunda-feira que o Jundollah tinha relações com organizações de inteligência americanas, britânicas e paquistanesas. Washington, Londres e Islamabad negaram envolvimento no ataque de domingo, que aconteceu na Província iraniana de Sistão-Baluquistão, que faz fronteira com Paquistão e Afeganistão.
Na segunda-feira, um parlamentar iraniano também levantou a possibilidade de uma operação militar no Paquistão contra militantes acusados do ataque de domingo. "Há unanimidade na Guarda Revolucionária e nas forças de segurança engajarem-se em operações onde eles acharem necessário", disse o parlamentar Payman Forouzesh segundo a agência de notícias ISNA.
Encontrou algum erro? Entre em contato