Hamas critica conferência de paz e continuará luta contra Israel

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O grupo islâmico Hamas desautorizou na segunda-feira a participação do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na conferência de paz de Annapolis (EUA), afirmando que o "pior líder palestino da história" não tem direito de fazer concessões aos israelenses, o "inimigo sionista". Líderes do grupo --que tomou a Faixa de Gaza em junho, rompendo definitivamente com Abbas e com sua facção Fatah-- disseram que o presidente não representa o povo palestino e juraram jamais reconhecer Israel. "Que o mundo todo nos ouça --não cederemos nem um centímetro da Palestina e jamais reconheceremos Israel", disse Ismail Haniyeh, líder do Hamas, num ato com cerca de mil pessoas, entre elas representantes de outras facções palestinas. A tomada de Gaza pelo Hamas fez com que Abbas --que controla a Cisjordânia-- destituísse Haniyeh do cargo de primeiro-ministro e abrisse negociações, com ajuda dos Estados Unidos, pela criação de um Estado palestino que conviva pacificamente com Israel. O Hamas, que se recusa a renunciar à violência, não foi convidado para a conferência de paz, que acontece na terça-feira nos EUA. Na segunda-feira, forças israelenses mataram um militante do Hamas e feriram quatro num ataque a míssil. O Hamas afirmou que vai realizar uma conferência "alternativa" na terça-feira em Damasco, na Síria. O governo sírio vai mandar um representante para a conferência de paz de Annapolis. Os líderes do Hamas também incitaram o povo palestino a se manifestar contra o esforço de paz. Na Cisjordânia, o ministro da Informação de Abbas, Riyad al-Malki, anunciou que esse tipo de manifestação está proibido. (Reportagem de Nidal al-Mughrabi, reportagem adicional de Ali Sawafta em Ramallah)

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