
06 de janeiro de 2014 | 17h42
Esse parece ser um notável gesto de reconciliação entre o grupo militante islamita, que governa a Faixa de Gaza, e o Fatah, que está no poder na Cisjordânia e tem o apoio do Ocidente, num momento em que Gaza sofre com o isolamento político e econômico imposto pelos vizinhos, Egito e Israel.
No entanto, o porta-voz do Fatah qualificou a decisão como "superficial" e pediu ao Hamas que implemente acordos já firmados sobre a unidade palestina.
Os líderes do Hamas e do Fatah se comprometeram em 2011 com um acordo para a unidade, apoiado pelo Egito, o qual previa a divisão do poder e a busca de uma estratégia comum no conflito com Israel.
Haniyeh disse também em entrevista à imprensa que as autoridades islamitas da Faixa de Gaza irão em breve libertar alguns membros do Fatah que estão presos, mas não deu detalhes.
"Nós prometemos ao nosso povo tomar decisões que iriam reforçar nossa frente (palestina) interna e abrir caminho para a reconciliação", declarou Haniyeh.
"Todas as pessoas de Gaza que deixaram a Faixa por causa dos incidentes internos ou qualquer outra razão podem retornar à Faixa de Gaza e se reunirem às suas famílias."
(Reportagem adicional de Noah Browning em Ramallah)
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