Um dos fundadores do Hamas, Mahmoud Abdel Rauf al-Mabhuh, foi assassinado no último dia 20 de janeiro, em Dubai, conforme anunciou nesta sexta-feira, 29, o movimento palestino, que afirmou que o governo de Israel é responsável pelo crime.
Moussa Abu Marzuk, membro do Hamas, fez as acusações em entrevista à rede de televisão Al-Jazira, do Catar, após a chegada do cadáver de al-Mabhuh a Damasco, capital da Síria, onde fica a sede política do movimento. "Responsabilizamos Israel pelo assassinato do co-fundador do Hamas", disse, sem meias palavras.
Faeq Al-Mabhub, um dos irmãos do fundador do Hamas, disse que "as primeiras investigações conjuntas do Hamas e dos Emirados Árabes Unidos mostram que ele foi morto por um dispositivo elétrico colocado em sua cabeça".
"O material foi enviado a um laboratório de Paris que confirmou que ele foi morto por um choque elétrico", explicou Faeq Al-Mabhub, que também esclareceu que seu irmão estava em Dubai em uma missão vinculada às suas funções de provedor de armas para o movimento islâmico.
Mabhuh fundou as Brigadas Al-Qasam (o braço militar do Hamas) e pode estar por trás da captura de dois soldados israelenses na revolta palestina de 1989. Nascido no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, foi deportado pelo Exército israelense à Síria em 1989, após passar por prisões israelenses.
A Al-Jazira citou também um comunicado das Brigadas Al-Qasam, no qual afirmam o desejo de vingar a morte do líder, "no lugar e na data adequada".