O governo israelense disse nesta segunda-feira, 16, que o grupo palestino Hamas endureceu suas exigências durante dois dias de conversas intensivas no Cairo para troca de prisioneiros. Segundo comunicado divulgado pelo escritório do primeiro-ministro Ehud Olmert, o grupo retrocedeu "entendimentos" alcançados no último ano e elevou "exigências extremistas."
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Israel tenta a libertação de Gilad Shalit, soldado mantido na Faixa de Gaza desde 2006. O Hamas, que controla o território e resistiu a uma devastadora ofensiva israelense em janeiro, quer que 1.400 prisioneiros palestinos - incluindo líderes do grupo - sejam libertados em troca de Shalit.
O comunicado do governo de Israel, que informa sobre o fracasso das conversas, afirma que amanhã o primeiro-ministro interino do país, Ehud Olmert, chefiará uma reunião de gabinete que dará "um relatório completo dos detalhes dos contatos", linguagem que indica de maneira forte que as conversações acabaram.
Funcionários do Hamas em Gaza não estavam disponíveis para comentar, e o governo egípcio, que mediava as negociações, não emitiu nenhum comunicado. O governo israelense tem obstruído uma troca desigual, mas recentemente sinalizou flexibilidade. O Hamas, que é criticado por Israel e pelo Ocidente por rejeitar a coexistência com o Estado judeu, mantém suas reivindicações.