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Hamas revoga trégua de dois anos com Israel após troca de disparos

Medida abre caminho para intensificação da violência dos radicais contra o Estado judeu

Atualização:

GAZA - O Hamas, grupo radical islâmico que controla a Faixa de Gaza, anunciou no início do sábado, 20 (pelo horário local), que não está mais comprometido com uma trégua de mais de dois anos com Israel desde o fim da guerra no início de 2009.

 

 

O comunicado foi transmitido por uma rádio do Hamas depois que Israel bombardeou a Faixa de Gaza por dois dias com ataques aéreos em resposta a foguetes e ataques que mataram oito israelenses na quinta-feira. "Não há mais qualquer trégua com o inimigo", disse o comunicado, numa medida que poderá abrir caminho para os radicais intensificarem a violência contra Israel.

 

As tensões se elevaram na quinta-feira, quando homens armados invadiram Israel através do Sinais e mataram oito pessoas, entre militares e civis. As autoridades israelenses responsabilizaram as facções radicais palestinas pelo ataque, embora o Hamas tenha negago participação no ocorrido. Cinco palestinos foram mortos na ocasião.

 

Após o atentado, Israel lançou uma série de ataques aéreos sobre a Faixa de Gaza, matando ao menos oito pessoas, entre eles líderes do grupo militante Comitês Populares da Resistência. Três guardas da fronteira egípcios também morreram em ações do Estado judeu.

 

Nesta sexta, Israel deu continuidade aos ataques aéreos, ao passo que os militantes palestinos responderam disparando foguetes contra o território israelense, sem deixar mortos. O escudo antimísseis do Estado judeu também interceptou projéteis disparados por extremistas que tinham como alvo comunidades no sul do país.

 

As autoridades israelenses prometeram uma política de tolerância zero contra os extremistas que tentarem atacar e também criticaram o Egito por "perder o controle da segurança" na região do Sinai. Os egípcios, por sua vez, exigiram uma investigação sobre a morte de seus guardas na fronteira.

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