Hamas sela com milícias suspensão de ataques a Israel

Representante do movimento diz que se trata de um passo para um acordo entre as organizações

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Por Efe
Atualização:

O movimento radical islâmico Hamas acordou com os outros grupos armados palestinos a suspensão dos ataques individuais contra Israel, em particular com o uso de foguetes, mas isso não significa que tenha renunciado à luta armada. "Queremos que qualquer passo seja dado mediante um acordo entre as partes, especialmente depois da última guerra, para dar aos habitantes um tempo para respirar", disse em entrevista coletiva o ministro do Interior do Governo do Hamas em Gaza, Fathi Hamed.

 

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Segundo o acordo, todos os grupos armados se comprometeram a não disparar foguetes contra o território israelense, um tipo de ataque ao qual agora só recorrerão as milícias palestinas em resposta aos ataques de Israel no interior de Gaza.

 

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"Não queremos impedir as ações de resistência, queremos que qualquer passo seja dado por acordo entre as organizações", explicou Hamed aos jornalistas.

 

O Hamas tenta transmitir com este acordo que pode controlar e governar a Faixa de Gaza, da qual expulsou em 2007 as forças da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e leais ao presidente Mahmoud Abbas.

 

Em janeiro, um acordo para pôr fim à guerra em Gaza, Israel e o movimento islâmico chegaram a um pacto pelo qual se comprometeram a cessar os ataques mútuos.

 

Hamas deixou de disparar foguetes contra o território israelense, mas não foi seguido por outros grupos palestinos que operam em Gaza, o que dava a desculpa a Israel para bombardear a zona fronteiriça com o Egito, onde se encontram os túneis subterrâneos pelos quais os islamitas passam bens de consumo e armas.

 

Hamed explicou que a partir de agora ficavam proibidos os lançamento de foguetes, mas não as "ações de resistência" se Israel entrar no território da faixa. O acordo foi resultado de uma série de reuniões entre todas as facções nos últimos meses.

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