
04 de abril de 2013 | 19h24
O Líbano terá eleições parlamentares em junho, mas mergulhou na incerteza há duas semanas devido à renúncia do premiê Najib Mikati, em meio a uma disputa sobre a lei eleitoral e a prorrogação do mandato de uma importante autoridade de segurança.
Pela Constituição libanesa, o primeiro-ministro do país é sempre membro da comunidade sunita, enquanto o presidente do país é cristão maronita, e o presidente do Parlamento é sempre um xiita.
Salam é filho de um ex-premiê, e seu avô serviu ao Império Otomano e ao mandato colonial francês.
O político recebeu o apoio do 14 de Março, que tem 60 das 128 cadeiras do Parlamento, durante uma reunião da aliança no centro de Beirute, e depois de fazer uma visita-relâmpago à Arábia Saudita, onde se reuniu com o líder do 14 de Março, o ex-premiê Saad al Hariri.
O 14 de Março reúne principalmente partidos sunitas e cristãos que pressionaram, com apoio dos EUA e da Europa, a Síria a encerrar em 2005 três décadas de presença militar no Líbano.
Logo depois do anúncio do 14 de Março, Salam recebeu o apoio do líder druso Walid Jumblatt, que comanda uma bancada de sete deputados que é a fiel da balança do poder libanês. Jumblatt disse, no entanto, que só apoiará um gabinete de unidade que junte todas as facções libanesas.
"Tammam Salam (...) é o filho de uma família histórica e moderada. Espero que ele seja recebido positivamente por todos os lados", disse ele a uma TV local. "Não vou apoiar um governo unilateral."
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.