WASHINGTON- A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, expressou nesta terça-feira, 10, a preocupação dos Estados Unidos com defensores de direitos humanos que enfrentam execuções "iminentes" no Irã e urgiu Teerã a não levá-las a cabo. As informações são da agência de notícias AFP.
Veja também:HRW pressiona Irã a libertar líderes de minoria religiosa Entenda o caso de Sakineh Ashtiani
"Também estamos preocupados com o destino dos iranianos em perigo de uma iminente execução por exercer seu direito à liberdade de expressão após as eleições de junho de 2009", disse Hillary em um comunicado.
"Os Estados Unidos urgem o governo iraniano a deter essas execuções de acordo com suas obrigações" com as convenções internacionais, acrescentou a chefe de diplomacia americana.
Segundo a Anistia Internacional, 115 pessoas foram executadas pelo regime iraniano em 2010 após protestos contra os resultados das eleições vencidas por Mahmoud Ahmadinejad.
Caso Sakineh
O governo iraniano indicou ontem que Sakineh Ashtiani, condenada à morte por adultério, deve ser enforcada, e não mais apedrejada, como havia sido estabelecido pela Justiça da República Islâmica. A nova decisão se deve ao fato de Sakineh ter sido agora condenada por assassinato.
Segundo a ONU, 109 pessoas já foram apedrejadas no país desde 1980.