27 de junho de 2014 | 08h43
O EIIL, composto de radicais islâmicos que querem recriar califados medievais do Iraque até a Síria, avançaram sobre grande parte do norte do Iraque quase sem resistência, tomando cidades como Mosul e Tikrit, assumindo controle de postos de fronteira e se aproximando a uma distância de cerca de 100 quilômetros da capital, Bagdá.
O Human Rights Watch (HRW) disse que entre 160 e 190 homens foram mortos em pelo menos dois lugares dentro e ao redor de Tikrit —cidade-natal do finado ditador iraquiano Saddam Hussein— entre 11 e 14 de junho.
A entidade afirmou ainda que o total de mortos pode ser muito maior, e que a dificuldade de localizar os corpos e chegar ao local não permitiram uma investigação completa.
Fotos publicadas no website do HRW mostram uma fileira de homens com a cabeça para baixo em trincheiras sendo baleados por um grupo de homens.
“As fotos e imagens de satélite de Tikrit fornecem forte evidência de um terrível crime de guerra que precisa de mais investigação”, disse o diretor de emergências do Human Rights Watch, Peter Bouckaert, em um comunicado. “Eles e outras forças violentas devem saber que os olhos dos iraquianos e do mundo estão observando.”
Não foi imediatamente possível obter comentários do EIIL.
A Organização das Nações Unidas (ONU) disse na terça-feira que pelo menos 1.000 pessoas, a maioria civis, haviam sido mortas e um número equivalente ficou ferido em combate e outras formas de violência no Iraque em junho, à medida que o EIIL avançava pelo norte.
A cifra inclui um número confirmado de vítimas de execuções sumárias cometidas pelo EIIL, assim como prisioneiros mortos por forças iraquianas.
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