
27 de junho de 2011 | 16h39
O governo também anunciou que convidará membros da oposição para uma série de conversações marcada para o dia 10 de julho a fim de estabelecer a estrutura do diálogo nacional prometido pelo presidente Bashar al-Assad e que mudanças constitucionais estarão na agenda.
Enfrentando a maior ameaça ao seu governo desde que sucedeu o pai há 11 anos, Assad mantém a perspectiva de reformas políticas ao mesmo tempo em que envia tropas para reprimir os protestos ao redor do país.
Muitas personalidades da oposição classificaram de insuficiente o chamado de Assad para o diálogo e alguns ativistas se recusaram a participar da conferência de segunda-feira, dizendo que ela poderia ser explorada pelas autoridades enquanto prosseguem as mortes e as prisões em massa.
Entretanto, a conferência incluiu opositores conhecidos de Assad, alguns dos quais não pouparam ataques.
"A solução para essa crise tem de lidar com suas causas profundas. Esse regime precisa ser derrubado e substituído por um sistema democrático", disse o escritor sírio Michel Kilo, que foi prisioneiro político ao longo de três anos.
Simpatizantes de Assad também estiveram presentes à conferência, cunhada de reunião de independentes em busca de uma saída para a crise. Os organizadores afirmaram que a reunião teve a aprovação de um assessor sênior de Assad.
Grupos de direitos humanos afirmam que, desde o início do levante, 1.300 civis foram mortos em manifestações e 12 mil pessoas foram presas.
O governo diz que mais de 250 membros das forças de segurança morreram nos confrontos provocados pelos militantes.
O encontro de 10 de julho ajudará a lançar o diálogo anunciado por Assad num discurso na semana passada.
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