Investigadores vasculham local onde avião caiu na Líbia

Ainda é cedo para apontar causas do acidente aéreo; dos 104 a bordo, apenas 1 sobreviveu

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Por ALI SHUAIB
Atualização:

Policial líbio percorre local onde avião caiu nesta quarta em Trípoli

 

TRÍPOLI- Especialistas vasculharam nesta quinta-feira, 13, os destroços do Airbus que caiu na véspera em Trípoli, depois de recuperarem as duas caixas pretas do aparelho.

 

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linkMenino holandês sobrevivente de queda de avião na Líbia está 'estável' Das 104 pessoas a bordo, o único sobrevivente foi um holandês de 9 anos que havia ido de férias com a família para a África do Sul, segundo um jornal sul-africano. O governo líbio descartou a hipótese de atentado no Airbus A330-200 da empresa Afriqiyah, procedente de Johanesburgo. Especialistas da Holanda, dos Estados Unidos e da África do Sul, além de uma equipe técnica da Airbus e do governo líbio, examinam a ampla área na qual os destroços estão espalhados. O ministro líbio dos Transportes, Mohamed Zidan, disse que as duas caixas-pretas, com gravação de voz da cabine e dados técnicos do voo, foram entregues em bom estado à comissão investigadora. Especialistas dizem que o Airbus, que era novo, parece ter chegado ao chão centenas de metros antes da cabeceira da pista, num momento em que a visibilidade era superior a 5 km. Esses especialistas disseram que falta ao aeroporto local um sistema que oriente os pilotos quanto à distância e altura da pista, mas que ainda é cedo para apontar causas do acidente. Só a cauda do avião permaneceu intacta. A empresa havia dito na véspera que 58 holandeses morreram no acidente, mas o governo da Holanda elevou a cifra para 70. A Afriqiyah Airways informou também que morreram 6 sul-africanos, 2 líbios, 2 austríacos, 2 britânicos, 1 alemão, 1 zimbabuano e 1 francês. A premiada escritora Bree O'Mara, que ia à Grã-Bretanha assinar um contrato literário, está entre os mortos, segundo a imprensa sul-africana. Houve incerteza sobre a identidade do menino sobrevivente, mas a chancelaria holandesa disse nesta quinta que ele se chama Ruben e vive no sul do país, na cidade de Tilburg. O avião acidentado na Líbia é do mesmo modelo que o da Air France que caiu no ano passado no Atlântico, fazendo a rota Rio-Paris, por causas até hoje incertas. (Reportagem adicional de Gilbert Kreijger e Aaron Gray-Block, em Amsterdã; e de Tom Pfeiffer, em Rabat)

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