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Irã acredita que novas sanções não serão impostas pela ONU

Cooperação com a Agência de Energia Atômica e apoio da Rússia e China são os motivos apresentados

Por Associated Press
Atualização:

Irã afirmou nesta terça-feira, 20, que não espera que a ONU aplique mais sanções em um futuro próximo porque o país está cooperando com a agência de vigilância nuclear da organização. Além disso, o país lembrou que conta com o apoio da Rússia e da China no Conselho de Segurança.   Veja também: Em carta ao 'mundo', Irã defende programa nuclear  Irã anuncia rodada de negociações com os EUA sobre o Iraque   O embaixador das Nações Unidas ante o Irã, Mohammed Khazaee, assinalou que, segundo o informe da semana da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o governo de Teerã foi transparente em alguns aspectos de seu programa nuclear. A cooperação do país com o organismo foi bem avaliada.   Mas o braço da ONU também anunciou que pontos importantes permanecem sem solução e que o Irã expandiu significativamente o enriquecimento de urânio, um processo para fazer combustível destinado a usinas geradoras de energia, mas que também pode fornecer material para bombas nucleares. Segundo o Irã, o relatório mostrou que o país não mentiu sobre seus esforços atômicos.   "Não creio que em um futuro próximo vamos observar outra resolução dentro do Conselho de Segurança contra o Irã. Essa é minha análise, a razão é que creio que o mundo descobriu que a única e melhor maneira para enfrentar o assunto do programa de energia nuclear iraniano é mesmo a agência (AIEA)", indicou Khazaee.   Estados Unidos, Reino Unido e França têm pressionado para uma nova resolução de sanções contra o Irã, para assim pressionar o país a suspender o enriquecimento de urânio, algo que vem se negando a fazer. Mas, tanto a China quanto a Rússia, que possuem poder de veto, têm expressado repetidamente sua oposição a uma terceira rodada de sanções.   O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse aos líderes mundiais em setembro durante a Assembléia Geral da ONU que Teerã vai ignorar as exigências e sanções do Conselho de Segurança impostas por "potências arrogantes" para que limite seu programa nuclear.   Em vez disso, Ahmadinejad indicou que o Irã havia decidido buscar a vigilância de seu programa nuclear pela AIEA, o organismo legal da ONU encarregado de temas nucleares.

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