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Irã afirma que ataque de Israel significaria seu 'último suspiro'

Ministro da Defesa diz que Estado judeu está 'à beira da destruição'; Israel pede resposta mundial 'inequívoca'

Por Reuters
Atualização:

O ministro da defesa do Irã enviou um alerta a Israel nesta segunda-feira, 28, para que não ataque a República Islâmica, dizendo que isto aceleraria o final do Estado judeu.

 

"Se isto ocorrer, o que evidentemente nós não esperamos, seu resultado final seria decretar o último suspiro do regime sionista", disse o ministro Ahmad Vahidi na televisão estatal.

 

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Líderes israelenses expressaram diversas vezes sua preocupação com a ambição nuclear do Irã e se negaram a empreender ações militares preventivas para deter o desenvolvimento da bomba atômica iraniana. O Irã afirma que suas operações nucleares têm por objetivo a geração pacífica de energia.

 

Vahidi, um antigo comandante da Guarda Revolucionária, disse que a hipótese de um ataque israelense iria "acelerar a derrocada de Israel". Ele acrescentou que o "regime sionista", o termo que o Irã usa para Israel, estaria "à beira da destruição".

 

No sábado, 26, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse que a recém-inaugurada planta nuclear no Irã era uma prova de que a República Islâmica estava desenvolvendo armas nucleares, e exortou o mundo a dar uma resposta "inequívoca".

 

Israel, que já assumiu amplamente ser a única potência nuclear do Oriente Médio, descreveu o enriquecimento de urânio do Irã como uma ameaça à sua existência. O país diz que "todas as opções" estão na mesa para evitar que Teerã construa mísseis nucleares.

 

Ocidente quer 'impor sua vontade'

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O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, afirmou nesta segunda que a denúncia do Ocidente sobre a nova usina nuclear que o Irã constrói sob uma colina é uma manobra para "impor sua vontade" nas negociações da próxima quinta-feira em Genebra.

 

Em declarações divulgadas pela televisão estatal iraniana, Larijani advertiu que este tipo de táticas estão condenadas ao fracasso.  "Estes esforços são orientados de maneira prioritária a impor a vontade do Ocidente sobre o Irã e forçar o país para que se submeta durante as negociações", disse Larijani, um político considerado conservador moderado que exerceu no passado como chefe negociador nuclear iraniano.

 

Representantes do Irã e do denominado grupo 5+1 - integrado pelos países-membros do Conselho de Segurança da ONU mais Alemanha - devem retomar no dia 1º de outubro as negociações sobre o controvertido programa nuclear iraniano após meses de interrupção.

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