Irã ameaça agir se porta-aviões dos EUA voltar ao Golfo Pérsico

Irã nega acusações de países ocidentais de que esteja tentando construir bombas atômicas

PUBLICIDADE

Atualização:

TEERÃ - O Irã vai agir se um porta-aviões dos Estados Unidos que deixou o Golfo Pérsico por causa das manobras navais iranianas retornar à região, disse nesta terça-feira, 3, o comandante do Exército, Ataollah Salehi, segundo a agência estatal de notícias Irna. "O Irã não vai repetir sua advertência... o porta-aviões do inimigo se dirigiu ao Mar de Omã por causa de nossos exercícios. Eu recomendo - e enfatizo - ao porta-aviões americano que não retorne ao Golfo Pérsico", disse Salehi à Irna. "Eu aviso, recomendo e alerto (os americanos) quanto ao retorno de seu porta-aviões ao Golfo Pérsico porque nós não temos o hábito de fazer advertências mais de uma vez", declarou Salehi, segundo outra agência de notícias, a semioficial Fars. Salehi não citou o nome do porta-aviões nem deu detalhes sobre o tipo de medidas que o Irã poderia adotar se ele retornar à região. O Irã completou na segunda-feira dez dias de exercícios navais no Golfo e, durante essas manobras, afirmou que se alguma potência estrangeira impuser sanções a suas exportações de petróleo o país poderá fechar o Estreito de Ormuz, pelo qual passa 40 por cento do petróleo transportado por navios no mundo. A Quinta Frota dos EUA, baseada no Bahrein, afirmou que não permitirá que a navegação seja prejudicada no estreito. Na segunda-feira, o Irã anunciou ter testado com sucesso dois mísseis de longo alcance durante as manobras navais, numa demonstração de força diante da crescente pressão ocidental sobre seu controverso programa nuclear. O Irã nega as acusações de países ocidentais de que esteja tentando construir bombas atômicas e diz que seu programa tem como única finalidade o uso pacífico da energia nuclear.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.