
18 de outubro de 2009 | 08h22
A Guarda Revolucionária iraniana atribuiu a "mercenários da arrogância mundial" o atentado suicida que na manhã deste domingo, 18, causou cerca de 60 vítimas, entre mortos e feridos, na conflituosa província fronteiriça do Sistão-Baluchistão. "Sem dúvida, este ato selvagem e desumano está relacionado à estratégia satânica dos estrangeiros e dos inimigos que foram feridos pela Revolução Islâmica", disse, em nota, a tropa de elite do Exército iraniano.
É de praxe o Irã usar a expressão "arrogância internacional" para se referir ao Ocidente, especialmente aos Estados Unidos. "Com este atentado, tentam romper a unidade entre xiitas e sunitas e dividir as fileiras integradas e unidas do povo iraniano", acrescenta o comunicado.
Vários comandantes da Guarda Revolucionária perderam a vida em um atentado suicida cometido no Sistão-Baluchistão, que fica na fronteira com o Paquistão e o Afeganistão. Segundo a agência oficial de notícias local "Irna", entre os mortos está o subcomandante da Força Terrestre da tropa, general Nour Ali Shushtari, além de 20 oficiais.
O atentado foi registrado esta manhã, na localidade de Pishin, vizinha ao Paquistão. Na hora, oficiais de alta patente da Guarda Revolucionária mantinham uma reunião com líderes tribais sunitas e xiitas da região. "Segundo as informações que chegaram a nós, um suicida entrou (no lugar do encontro) e detonou uma carga de explosivos. Falam de 60 vítimas, entre mortos e feridos", acrescentou a fonte.
Em março, o Exército iraniano posicionou a Guarda Revolucionária na conflituosa fronteira com o Afeganistão para frear o tráfico de droga e armas. "Desde que a Guarda Revolucionária está encarregada da segurança na região, a arrogância mundial instrui seus mercenários na zona a cometerem um atentado durante uma reunião entre os guardiães da Revolução e os chefes tribais", diz a nota. "Apesar da propaganda injusta da imprensa imperialista, a Guarda Revolucionária continuará se esforçando a favor da grandeza e do desenvolvimento do Irã", acrescentou.
Este é o segundo atentado grave que o Irã sofre na região fronteiriça nos últimos seis meses. Em 28 de maio, um suicida matou 25 pessoas dentro de uma mesquita da localidade de Zahedan.
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