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Irã desmente troca de Amiri por três americanos detidos no país

Ex-ministro disse que libertação 'não tem nada a ver' com americanos detidos por curzar fronteira com Iraque

Atualização:

TEERÃ - Irã desmentiu nesta quinta-feira, 15, que o retorno ao país do cientista iraniano Shahram Amiri faça parte de uma troca por três cidadãos norte-americanos que estão detidos no Irã por um suposto delito de espionagem.

 

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Assim declarou o ex-ministro iraniano de Exteriores Hassan Qashqavi, quem qualificou de infundadas e propagandísticas as informações nesse sentido divulgadas por meios internacionais, segundo a agência semioficial Fars.

 

"A libertação de Amiri não tem nada a ver com os cidadãos norte-americanos detidos no Irã. Isto não é verdade", disse Qashqavi durante o recebimento a Amiri no aeroporto de Teerã.

 

O oficial iraniano se referia aos americanos Shane Bauer, Josh Fattal e Sarah Shourd que permanecem presos no Irã desde a detenção, há quase um ano, junto da fronteira com o Iraque sob a acusação de espionagem e entrada ilegal no país.

 

O atual assessor do ministro Exteriores disse que "Shahram Amiri e o Governo iraniano têm direito de denunciar judicialmente os EUA pelos danos psíquicos e o sequestro para ele e para sua família".

 

Amiri, que desapareceu há 14 meses na Arábia Saudita onde tinha ido fazer uma peregrinação, retornou nesta manhã a Teerã e acusou aos serviços secretos sauditas e norte-americanos de terem o sequestrado em frente ao seu hotel em Medina e de ter levado aos EUA contra sua vontade.

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"Me pediram para que eu dissesse publicamente que queria solicitar asilo político nos EUA e que tinha um computador portátil com informações classificadas sobre o programa nuclear iraniano com fins militares", disse Amiri em declarações citadas por "Fars".

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