Autoridades iranianas capturaram nesta terça-feira, 20, três homens sob a suspeita de participação no atentado suicida que matou 42 pessoas no domingo. O atentado foi o mais grave sofrido pela Guarda Revolucionária iraniana nos últimos 20 anos, informaram fontes judiciais.
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Em declarações à agência de notícias local Fars, o procurador-geral da cidade iraniana de Zahedan, Mohamad Marzieh, disse que os três suspeitos foram detidos em uma cidade do sul do Irã e que está sendo investigada a suposta colaboração no massacre. O procurador-geral disse também que já se sabe a identidade do suicida, que é "um cidadão iraniano", mas não revelou seu nome "por questões de segurança".
O Irã reconheceu que 15 membros da Guarda Revolucionária morreram no atentado suicida que atingiu a conflituosa região de Sistão Baluchistão, na fronteira com Paquistão e Afeganistão. "O número de guardiães que morreram no atentado terrorista de Sistão Baluchistão é de 15", disse um apresentador na rádio estatal.
Entre os mortos, destacam-se o subcomandante da divisão de terra do corpo, general Nour Ali Shoushtari, e o chefe da seção da Guarda Revolucionária em Sistão Baluchistão, geberal Raja Ali Mohamazadeh.
A autoria foi assumida pelo grupo extremista sunita Jundollah (Exército de Alá), que é vinculado tanto à rede terrorista internacional Al Qaeda quanto ao movimento radical afegão Taleban.
O Irã, que diz ter provas do envolvimento de serviços secretos estrangeiros, já acusou antes o Paquistão de oferecer refúgio aos terroristas, e os EUA e o Reino Unido de financiá-los.