TEERÃ - O ministro de Inteligência do Irã, Heydar Moslehi, assegurou que os serviços secretos do país evitaram uma tentativa de atentado a bomba que aparentemente pretendia perpetrar em Teerã o grupo opositor no exílio Mujahedin Khalq (Combatentes do Povo).
Moslehi afirmou que durante a operação foram detidos inúmeros membros desta organização, contrária ao regime iraniano desde a década de 80. "Este grupo terrorista planejava explodir uma bomba em várias praças de Teerã. Pretendia aterrorizar a população inocente em vários distritos importantes e sensíveis", explicou o clérigo, citado pela televisão estatal em inglês.
Moslehi, que não detalhou o número de terroristas detidos, acusou de novo aos EUA, o Reino Unido e a Suécia de apoiarem as atividades dos Mujahedin Khalq. A agência Mehr afirmou posteriormente que o embaixador britânico no país foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o episódio.
Além disso, o ministro assinalou que os rebeldes tinham recebido treinamento militar no Iraque e que planejavam, além disso, criar confusão incendiando carros da Polícia e motocicletas.
O site da emissora estatal PressTV divulgou, horas depois, a informação que assegurava que duas pessoas tinham confessado diante das câmeras que faziam parte de um complô para atentar em dois movimentados cruzamentos de Teerã. EFE
A convocação do embaixador britânico se justifica pelas informações dadas por essas fontes, que admitiram ter recebido ajuda e instruções de uma mulher de Londres e outra da Suécia supostamente ligadas aos mujahedin.
A PressTV ainda informou que os detidos admitiram ter sido treinados em campos da organização no Iraque e que a data para que o atentado fosse realizado era entre 10 e 20 de junho, coincidindo com o primeiro aniversário da reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, que a oposição considera "fraudulenta".
Fundado na década de 70, o grupo Mujahedin Khalq foram acolhidos no Iraque depois da Revolução Islâmica de 1979. A partir do país vizinho, eles realizam ataques contra o regime iraniano.