Irã e potências mundiais discutem acordo na semana que vem

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O Irã e seis potências mundiais planejam uma reunião entre especialistas na próxima semana para discutir os detalhes da implementação do acordo para que o Irã reduza suas atividades nucleares em troca de um alívio limitado nas sanções contra o país. Representantes do Irã, dos Estados Unidos, da França, da Alemanha, China, Reino Unido e Rússia têm reunião marcada para os dias 9 e 10 dezembro, em Viena, onde fica a sede da agência de inspeção nuclear das Nações Unidas, a AIEA, afirmaram diplomatas nesta sexta-feira. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que será encarregada de verificar o cumprimento do acordo provisório de 24 de novembro pelo Irã, terá "algum envolvimento" na reunião, disse Gill Tudor, porta-voz da agência, sem entrar em detalhes. Diplomatas ocidentais afirmaram que os especialistas vão lidar com aspectos chave da implementação do plano não discutidos em Genebra. Esses temas incluem como e quando a AIEA vai fazer as suas inspeções e outros detalhes técnicos. O acordo é visto como um primeiro passo para resolver o conflito de uma década sobre o programa nuclear iraniano. O pacto foi desenhado para evitar avanços nucleares iranianos por um semestre e assim obter mais tempo para as negociações sobre um acordo final. Diplomatas afirmam que a implementação do plano pode começar em janeiro, depois que os detalhes técnicos forem resolvidos. Analistas e diplomatas salientam que muitos obstáculos ainda têm que ser superados para uma solução a longo prazo, entre eles as divergências sobre o tamanho e a capacidade do projeto nuclear iraniano. Pelo acordo do mês passado, o Irã vai interromper o enriquecimento de urânio a uma concentração que poderia levar à produção de armas nucleares e paralisar os trabalhos em um reator em Arak. Nas negociações das semana que vem, os especialistas dos governos irão discutir que componentes, segundo o acordo, o Irã não poderá instalar na usina de Arak. O Irã, grande produtor de petróleo, diz que o seu programa nuclear tem fins pacíficos. (Reportagem de Justyna Pawlak e Fredrik Dahl)

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