26 de janeiro de 2010 | 11h40
Massoud Jazayeri não revelou se o Irã pretende testar novos mísseis, nem deu qualquer outro detalhe dos eventos planejados. O disparo de um míssil provavelmente aumentaria a tensão com as potências ocidentais, preocupadas com o programa nuclear iraniano.
"O Ministério de Defesa do Irã vai inaugurar vários projetos de mísseis e armas durante os dez dias do Fajr (alvorada), marcando a vitória da Revolução Islâmica de 1979", disse ele em entrevista coletiva.
Novos projetos para satélites seriam ao mesmo tempo divulgados pela organização aeroespacial iraniana, segundo ele.
O Irã celebra a Revolução Islâmica entre 1o e 11 de fevereiro, começando no dia de 1979 em que o fundador da República Islâmica, aiatolá Ruhollah Khameini, voltou do seu exílio na França para Teerã.
Em meados de dezembro, o Irã anunciou o bem sucedido teste de um míssil de longo alcance, versão melhorada do seu míssil Sejil 2. Na época, o governo britânico disse que o fato justificava sanções mais duras ao Irã, quinto maior exportador mundial de petróleo.
Desde 2006, a ONU já impôs três rodadas de sanções ao Irã por causa do seu programa nuclear, embora o país insista no caráter pacífico das suas atividades --contrariando temores ocidentais e israelenses de que Teerã pretenda desenvolver armas atômicas.
Nem Israel nem os EUA descartam uma ação militar se a diplomacia não conseguir resolver a disputa. O Irã promete retaliações contra eventuais ataques.
Os EUA e seus aliados europeus planejam novas sanções ao Irã, que não cumpriu um prazo dado por Washington, até 31 de dezembro, para aceitar uma proposta mediada pela ONU sob a qual o país enviaria para o exterior seu estoque de urânio.
Dessa forma, o Ocidente considera que haveria menos risco de o Irã desenvolver combustível para armas nucleares. Pelo acordo, Teerã receberia em troca combustível para um reator de pesquisas médicas.
No domingo, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, prometeu para fevereiro "boas notícias" a respeito da produção local de combustível nuclear.
(Reportagem de Ramin Mostafavi)
Encontrou algum erro? Entre em contato