PUBLICIDADE

Irã não aceita troca de combustível fora de seu território

Presidentes do Brasil e da Turquia viajam ao país na próxima semana para tentar resolver impasse

Atualização:

TEERÃ - O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, afirmou nesta terça-feira, 11, que seu país não aceitou ainda as propostas sobre a troca de combustível nuclear fora do território iraniano.

 

"Até agora não aceitamos nenhuma outra proposta sobre o lugar da troca nuclear", disse Mehmanparast ao referir-se à postura iraniana de ter "garantias óbvias".

 

"Para ter uma garantia é preciso fazer a troca de urânio com o combustível nuclear no território iraniano", reiterou o porta-voz da diplomacia iraniana.

 

"Não acreditamos que essa garantia possa ser conquistada por meio de outra fórmula", acrescentou Mehmanparast.

 

PUBLICIDADE

O Governo de Teerã anunciou recentemente a necessidade de conseguir combustível nuclear para seu reator científico de Teerã através de uma troca de seu urânio enriquecido até 3,5% com o combustível nuclear enriquecido a 20%.

 

Pela fórmula traçada em Viena, a Rússia aceitava receber o urânio iraniano a 3,5% para enriquecê-lo a 20% e enviá-lo depois à França para ser transformado em placas de combustível nuclear para então ser devolvido ao Irã.

 

O projeto, cuja minuta foi aceita em princípio pelo negociador iraniano, foi rejeitado mais tarde pelo Governo de Teerã que não aceitou entregar todo seu urânio enriquecido, tal como pretendia a outra parte.

Publicidade

 

As autoridades iranianas insistem na troca em seu território.

 

Brasil e Turquia

 

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs uma nova fórmula para a troca fora do Irã. Nessa semana, Lula viajará a Teerã para entre outros assuntos tratar dessa proposta com as autoridades iranianas.

 

O presidente da Turquia, Abdullah Gul, também irá visitar o país na semana que vem.

 

Segundo o Irã, Brasil e Turquia ofereceram uma nova proposta para um acordo de combustível nuclear.

 

"Nas recentes negociações com o Brasil e Turquia, apresentou esta opção para os pontos de desacordo", disse hoje Mehmanparast.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.