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Irã não acredita em apoio da China às sanções do Conselho de Segurança

Na segunda-feira, presidente chinês acenou com apoio a Washington, mas não explicitou respaldo

Atualização:

TEERÃ - O Irã não acredita que a China apoie os EUA sobre a aplicação de sanções contra a República Islâmica por conta de seu programa nuclear, disse nesta terça-feira, 13, o ministro de Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast.

 

 

Na segunda-feira, o presidente da China, Hu Jintao, se encontrou com o mandatário dos EUA, Barack Obama, e disse seu governo apoia os americanos sobre as sanções. Posteriormente, porém, a chancelaria chinesa retificou a declaração, dizendo que ambos os países "compartilham" o mesmo objetivo como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, embora não tenha feito nenhuma menção explícita sobre o apoio às sanções.

 

"Não acreditamos que os comentários confirmam os desejos americanos ou que a China coopera com os EUA em qualquer tipo de sanções injustas contra o Irã", disse o chanceler iraniano.

 

Mehmanparast ainda alertou para as consequências diplomáticas para os países que apoiarem as sanções pretendidas pelo Conselho de Segurança. "Se qualquer país ajudar o Ocidente, estará se privando das boas relações que poderia manter com o Irã", continuou o chanceler.

 

A China é o único dos países membros permanentes do Conselho de Segurança a rejeitar a imposição de sanções ao Irã. Os outros - Reino Unido, EUA, França e Rússia - planejam um novo pacote de medidas contra a República Islâmica pela falta de cooperação com as investigações da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA). As potências alegam que o programa nuclear iraniano pode ter finalidades bélicas, o que Teerã nega.

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