O Irã não dialogará com nenhum país que ignore de forma deliberada as "atrocidades cometidas pelo Exército de Israel no Oriente Médio", assegurou o comandante-chefe das Forças Armadas iranianas, general Hassan Firouzabadi.
Em declarações divulgadas pela imprensa local por causa do dia das Forças Armadas, o oficial afirmou que não se sentarão à mesa "com aqueles que fecham seus ouvidos e tapam seus olhos e preferem falar em nome da entidade sionista".
Após 30 anos sem laços diplomáticos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou uma série de gestos para tentar empreender um novo capítulo nas relações com o regime dos aiatolás.
Até o momento, a reação do Irã foi cautelosa mas positiva: exigiu uma mudança essencial na atitude de Washington e uma desculpa pelos erros cometidos".
A aproximação de Obama não evitou, no entanto, as ameaças bélicas vertidas por Israel, principal aliado dos EUA na região.
O Governo israelense advertiu que planeja lançar um ataque preventivo e cirúrgico contra alvos nucleares iranianos se Teerã não interromper seu polêmico programa de enriquecimento de urânio.
A este respeito, um dos principais comandantes do Exército iraniano, o general Ataollah Salehi, assegurou que seu país está "preparado para responder"
"Houve duras ameaças contra a República Islâmica. Mas o Exército está disposto a dar a resposta adequada", afirmou Salehi, citado pela agência oficial de notícias local "Irna".
O britânico "The Times" publicou neste sábado declarações de um "alto comando israelense" nas quais indicava que o Exército de seu país "poderia lançar uma arriscada operação contra alvos nucleares iranianos aos poucos dias que recebesse uma ordem do novo Governo".
A comunidade internacional, com os Estados Unidos, Israel e alguns dos principais países da União Europeia acusam o Irã de esconder, sob a fantasia do uso civil, um programa paralelo para a aquisição de armas nucleares.