Irã pede ajuda da ONU para soltar reféns na Síria e Líbia

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Por LOUIS CHARBONNEAU
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O chanceler do Irã, Ali Akbar Salehi, pediu nesta terça-feira a ajuda do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para libertar dezenas de peregrinos e trabalhadores humanitários iranianos sequestrados recentemente na Síria e Líbia. "Eu gostaria de buscar a cooperação e os bons ofícios de vossa excelência para garantir a libertação desses reféns", escreveu Salehi em carta a Ban, conforme cópia entregue pela missão iraniana da ONU à Reuters. Um porta-voz de Ban confirmou o recebimento da carta, mas não fez comentários. O Irã também solicitou ajuda da Turquia -- cujo governo se tornou nos últimos meses um dos mais duros críticos do regime de Bashar al Assad -- para libertar iranianos retidos na Síria. Salehi disse que os reféns estão sendo usados como escudos humanos, e que isso "viola o direito internacional e os direitos humanos desses civis inocentes". Um ônibus que transportava 48 iranianos foi capturado no sábado por rebeldes sírios. Teerã diz que os reféns são peregrinos que haviam viajado para visitar uma mesquita na Síria, e que não procedem os rumores de que eles seriam militares encarregados de colaborar com Assad na repressão à rebelião. Um porta-voz dos rebeldes sírios disse na segunda-feira que três dos iranianos foram mortos em um bombardeio do governo, e que os demais serão executados se os ataques não pararem. Não houve notícias deles depois disso. Na Líbia, sete trabalhadores humanitários iranianos foram sequestrados em 31 de julho por um grupo armado desconhecido, na cidade de Benghazi, leste do país. Os sete homens, integrantes da entidade de ajuda Crescente Vermelho, do Irã, foram retirados do veículo onde estavam, no centro de Benghazi, quando retornavam a seu hotel, disseram fontes do setor de segurança à Reuters.

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