Irã: Plano dos EUA para Oriente Médio está fadado ao fracasso

Para líder do Parlamento, novo processo de paz será como antigos; Casa Branca não deve 'se enganar' com Israel

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Por Efe
Atualização:

O novo plano de paz para o Oriente Médio que os Estados Unidos poderiam apresentar nos próximos dias "está fadado ao fracasso, como todos os anteriores", afirmou nesta segunda-feira, 18, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani. Em declarações reproduzidas pela agência de notícias Fars, o responsável iraniano advertiu também aos Estados Unidos de que não se deixem "enganar" por Israel.

 

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"Se os sionistas querem levar a nova administração dos Estados Unidos em direção a uma paz falsa e irreal na região através de um engano, devem saber que é um passo rumo ao inferno", afirmou. "Os muçulmanos não permitirão que um de seus locais sagrados perca sua identidade", explicou.

 

Segundo veículos de comunicação internacionais, os EUA preparam, junto a Israel e alguns países árabes, um novo plano de paz baseado na oferta da Arábia Saudita de reconhecimento do Estado judeu em troca da retirada israelense em direção às fronteiras de 1967.

 

O plano, que poderia ser revelado durante a visita que o presidente americano, Barack Obama, fará o Egito em 4 de junho, incluiria um novo status para Jerusalém. "Alguns querem que Jerusalém seja uma simples lugar religioso, este plano é pior que o de Annapolis", afirmou Larijani durante a abertura da conferência "Palestina: dever das nações", realizada nesta segunda em Teerã.

 

Sobre isso, o Irã advertiu os países árabes das consequências negativas de apoiar a nova proposta através de canais não oficiais. "Estes Estados e sistemas políticos devem saber que embarcar nesse tipo de jogo só acelerará sua queda", afirmou o presidente do Parlamento iraniano, considerado um dos principais assessores do líder supremo da Revolução iraniana, aiatolá Ali Khamenei.

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Além disso, advertiu os Estados Unidos para que fiquem alerta para não ficar presos nas redes do sionismo. "Se (Obama) quer mudar as políticas, deve reconhecer o Estado palestino", disse.

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