PUBLICIDADE

Irã pode ter bomba atômica em seis meses, diz semanário

Atualização:

A agência de inteligência alemã BND acredita que o Irã seja capaz de produzir e testar uma bomba atômica em seis meses, bem antes do que muitos analistas estimam, segundo informações do semanário alemão Stern. O semanário, que cita especialistas do BND, afirma que a agência tem informações que apoiam a visão de que o Irã dominou a tecnologia de enriquecimento necessária para fazer a bomba e tem centrífugas suficientes para obter urânio que pode ser usado em armas. "Se eles quiserem, podem detonar uma bomba atômica no período de meio ano", afirma a reportagem citando informações de um especialista da agência. O BND não respondeu a duas ligações feitas pela Reuters para obter comentários sobre a notícia. O Irã afirma que seu programa nuclear tem o objetivo de gerar eletricidade e assim permitir que o país exporte mais de seu petróleo e gás, mas nações do Ocidente suspeitam que o país esteja buscando o desenvolvimento de armas nucleares. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas impôs três conjuntos de sanções ao Irã, que tem desafiado as exigências de suspender seu programa de enriquecimento de urânio. Alguns analistas afirmam que o país pode estar próximo de obter o material necessário para produzir uma bomba, mas alguns dizem que o processo pode levar de um a dois anos, devido a barreiras técnicas e políticas. O enriquecimento de urânio até um grau que possa ser usado em armas não passaria despercebido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão vinculado à ONU, a não ser que seja feito em local secreto. Até o momento não houve indicações de qualquer atitude nesse sentido. Esse argumento foi usado pelo diretor-geral eleito da agência, pouco depois de sua escolha no início deste mês. O atual chefe da AIEA, Mohamed El Baradei, disse que seu "instinto" lhe diz que o Irã busca ao menos a capacidade de construir armas nucleares para se proteger do que percebe serem ameaças regionais e dos Estados Unidos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.