
12 de dezembro de 2009 | 11h44
O ministro Manouchehr Mottaki, falando a uma conferência sobre segurança em Barein, também colocou em dúvida o acordo sobre combustível nuclear esboçado pelas Nações Unidas. O objetivo do acordo é reduzir a preocupação internacional com o programa atômico iraniano.
"Acho que poderíamos simplesmente abandonar tudo ou propor algo mais moderado, um meio termo... O Irã tem feito isso" declarou ele.
O Irã tem buscado mudar o acordo proposto, segundo o qual o país transferiria estoques de urânio enriquecido para o exterior e receberia em troca combustível para um reator destinado a pesquisas médicas. Teerã diz que pode produzir sozinho o combustível se não puder importá-lo.
A proposta das Nações Unidas tem como objetivo retirar do Irã reservas de urânio que poderiam, se mais enriquecidas, ser usadas na fabricação de armas.
O Irã afirma que seu programa nuclear tem como meta gerar eletricidade, para que o país possa exportar mais petróleo e gás.
"Precisamos de 10 a 15 usinas nucleares para gerar eletricidade," disse Mottaki. O Irã tem uma usina nuclear, em construção pela Rússia.
Na sexta-feira, os Estados Unidos afirmaram que esperam que a comunidade internacional adote novas sanções contra o Irã por conta do programa nuclear.
"Seria melhor não ter que passar por isso (sanções) de novo," disse o ministro iraniano.
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