Irã proíbe ato opositor nos 30 anos da tomada de embaixada

Reformistas Mousavi e Karoubi, que denunciaram fraude eleitoral, pediram a apoiadores que se manifestassem

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Atualização:

A polícia iraniana afirmou que qualquer manifestação contra o regime na quarta-feira, 4, quando a tomada da embaixada norte-americana em Teerã fará 30 anos, será "fortemente confrontada". Segundo a agência de notícias oficial IRNA, somente protestos anti-EUA serão considerados legais. "Estamos anunciando que somente manifestações anti-EUA na frente da ex-embaixada norte-americana em Teerã serão legais. Outras aglomerações ou manifestações na quarta-feira são ilegais e serão fortemente confrontadas pela polícia", afirmou a polícia de Teerã em comunicado. As manifestações anti-EUA na capital ocorrerão no lado de fora da ex-embaixada, agora chamada de "caverna da espionagem" no Irã, para marcar a tomada da embaixada depois da revolução iraniana de 1979, quando estudantes radicais fizeram 52 norte-americanos reféns por 444 dias. Sites reformistas pediram para as pessoas se reunirem do lado de fora da embaixada russa, num aparente protesto contra o reconhecimento de Moscou da reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad em 12 de junho, que desencadeou a maior onda de protestos no país em três décadas. A oposição afirma que a votação foi fraudada para garantir a vitória de Ahmadinejad, mas as autoridades negam a acusação. Os candidatos presidenciais derrotados, de ala moderada, Mirhossein Mousavi e Mehdi Karoubi, pediram a seus simpatizantes para tomar as ruas na quarta-feira. Alguns sites reformistas afirmam que Karoubi participará da manifestação no lado de fora da ex-embaixada norte-americana.

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