TEERÃ - O ministro das Relações Exteriores do Irã disse nesta segunda-feira, 19, que Teerã quer discutir um acordo sobre combustível nuclear com os membros do Conselho de Segurança, em uma nova tentativa de renovar as negociações com a comunidade internacional.
O ministro das Relações Exteriores Manouchehr Mottaki foi citado pela rádio estatal dizendo que delegações iranianas irão "visitar a China, Rússia, Líbano e Uganda dentro dos próximos 10 dias".
Mottaki disse que o Irã quer negociações diretas com todos os membros do Conselho exceto um, com o qual manterá negociações indiretas. Ele se referia aos Estados Unidos, já que Teerã e Washington não mantêm relações diplomáticas.
As negociações foram interrompidas depois que o Irã rejeitou um plano apoiado pela ONU que oferecia combustível nuclear em troca do estoque iraniano de urânio enriquecido, uma troca que comprometeria a construção de uma bomba nuclear.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pediu por "sanções rígidas" contra o Irã para prevenir o país de desenvolver a capacidade de produção de armamentos nucleares.
Em uma entrevista transmitida nesta segunda-feira no programa "Good Morning America" da rede ABC, Netanyahu disse que ele se preocupa que a comunidade internacional não está sendo agressiva o suficiente para cortas as ambições nucleares de Teerã.
Netanyahu disse que a possibilidade do Irã desenvolver um programas de armas nucleares representa "o maior problema de nossos tempos".
Ele pediu pelo boicote do petróleo refinado do Irã e disse que se as nações membros do Conselho de Segurança não conseguirem chegar a um acordo sobre tal procedimento, haveria uma "coalizão da vontade" entre outros países que também estão preocupados com o Irã.
O Ocidente teme que o urânio enriquecido pelo Irã mascare ambições para a construção de armamentos nucleares. Teerã nega as acusações e diz que o programa é guiado para propósitos pacíficos, como a produção elétrica.