26 de agosto de 2009 | 12h42
O governo do Irã enviou nesta quarta-feira, 25, uma carta assinada por mais de cem países não-alinhados para proibir possíveis ataques militares israelenses a suas instalações nucleares para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas. Segundo as autoridades iranianas, o Movimento dos Países Não-Alinhados, com 118 integrantes, apoiou o documento.
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O governo iraniano planeja enviar uma resolução sobre o tema à AIEA no mês que vem. Enquanto o Irã aponta que o texto será genérico, a medida é claramente dirigida contra Israel e, em certa medida, contra os EUA. Os dois países não descartam
atacar o Irã como último recurso, caso a comunidade internacional não consiga impedir o país de congelar suas atividades nucleares.
O Irã já desafiou três rodadas de sanções do Conselho de Segurança da ONU, que pressiona pelo fim do processamento de urânio. Teerã insiste que seu programa de enriquecimento de urânio tem apenas a função de produzir combustível, não armas
Nucleares.
A conferência geral da AIEA ocorre em 14 de setembro. Acredita-se que Israel possua armas nucleares, mas o país recusa-se a confirmar ou negar isso. Neste ano, seus rivais devem novamente pressionar para a abertura das instalações israelenses para os monitores da AIEA.
Ameaça
Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, ameaçou Teerã com sanções "severas", caso o país continue com seu programa nuclear. Sarkozy também criticou a repressão aos protestos pós-eleição presidencial no país.
"Esses são os mesmos líderes, no Irã, que dizem que o programa nuclear é pacífico e as eleições foram honestas. Francamente, quem acredita neles?", questionou Sarkozy.
As eleições presidenciais iranianas de 12 de junho geraram uma série de acusações de fraude. Além disso, houve críticas internacionais à dura repressão aos protestos de dissidentes.
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