
01 de outubro de 2009 | 14h06
O alto representante para Política Externa e Segurança Comum da União Europeia (UE), Javier Solana, confirmou nesta quinta-feira, 1º, que o Irã aceitou "colaborar com plena transparência" com a comunidade internacional em relação à recém-descoberta usina nuclear de Qom.
Veja também:
Especial: O programa nuclear do Irã
Especial: As armas e ambições das potências
Blog do Chacra: A história da bomba atômica no Irã
Após terminar as reuniões entre o grupo de países negociadores - EUA, China, Reino Unido, Rússia, França e Alemanha - e o representante iraniano em Genebra, Solana disse que Teerã também se comprometeu a convidar os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nas próximas duas semanas.
Solana explicou que também foi decidida intensificação do diálogo nos próximos 15 dias e realizar uma nova rodada de conversas, também em Genebra, antes do final de outubro. Este fato foi apontado por fontes diplomáticas como a prova mais evidente de que há vontade de diálogo e de cooperação.
De acordo com Solana, foi decidido também que, em coordenação com a AIEA, será retirado urânio enriquecido a baixo nível do Irã e se entregará a um terceiro país, para que o enriqueça até um nível suficiente para ser devolvido ao regime iraniano a fim de utilizá-lo na usina nuclear com fins científicos.
A Rússia já se mostrou disposta a ser o "país terceiro" a enriquecer o urânio o reator nuclear iraniano, afirmaram nesta quinta agências russas citando um funcionário graduado. A proposta foi considerada positiva pelo governo da França.
Elogio
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que as conversas multilaterais com o Irã em Genebra foram "produtivas". Hillary afirmou esperar, porém, que o país avance agora dos gestos para resultados mais concretos. "Foi um dia produtivo, mas ainda se espera provas disso para se festejar", avaliou a secretária de Estado. "Nós queremos ver ações concretas", finalizou.
Encontrou algum erro? Entre em contato