11 de novembro de 2012 | 11h07
Em uma troca de palavras confusa, o anúncio do gabinete do primeiro-ministro Nuri al-Maliki foi imediatamente negado pelo ministro da Defesa, que rejeitou acusações de corrupção e disse que os acordos de armas com a Rússia ainda eram válidos.
Os acordos de armas são uma questão delicada para o Iraque. Dispositivos militantes norte-americanos continuam importantes para as forças armadas iraquianas, mas o acordo russo parecia ter aberto um caminho para Maliki se livrar da pressão dos EUA, diversificando seus fornecedores de armas.
A venda russa foi acordada quando Washington advertiu Maliki, que é próximo dos xiitas do Irã, a conter os voos iranianos com armas através do espaço aéreo iraquiano, que visam ajudar o presidente sírio, Bashar al-Assad, em sua luta contra uma revolta ali.
O assessor de mídia de Maliki, Ali al-Moussawi, disse que a decisão de renegociar os acordos foi tomada depois que o primeiro-ministro foi informado sobre possíveis transgressões no contrato.
"Nossa necessidade por armas permanece, então renegociaremos novos contratos", disse Moussawi. "Essa é uma medida de precaução por causa da suspeita de corrupção".
(Por Suadad al-Salhy)
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