09 de outubro de 2012 | 13h59
GORKI, RÚSSIA - A Rússia anunciou nesta terça-feira, 9, a assinatura de acordos de 4,2 bilhões de dólares com o Iraque para a venda de armas, o que a coloca na segunda posição entre os maiores fornecedores bélicos para o país do Oriente Médio, atrás apenas dos Estados Unidos.
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Os acordos, divulgados em um documento do governo russo emitido em um encontro entre o primeiro-ministro Dmitri Medvedev e o colega iraquiano, Nuri al-Maliki, dão à Rússia um grande impulso num momento em que a continuidade das vendas de armas para Líbia e Síria é incerta.
O Iraque estava fora do alcance da indústria de defesa da Rússia após a invasão liderada pelos EUA em 2003, que derrubou Saddam Hussein, um dos maiores clientes de armas de Moscou. O presidente Vladimir Putin havia publicamente se oposto à invasão e Moscou tem buscado recuperar uma parte dos mercados de energia, vendas de armas e projetos de infraestrutura no Iraque.
"Após a queda de Saddam Hussein, parecia que o país estava perdido para sempre como um cliente de armas russo", afirmou Ruslan Pukhov, diretor do instituto russo de segurança e defesa CAST. "Isto é absolutamente sensacional", disse. Os contratos ajudarão a Rússia a manter a sua posição como segundo maior vendedor de armas do mundo, depois dos Estados Unidos, disse Pukhov.
Os contratos foram assinados durante visitas à Rússia do chefe de defesa interino do Iraque em abril, julho e agosto, mostrou o documento, sem dar mais detalhes. A agência estatal responsável pelo comércio de armas não pôde ser contatada.
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