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Israel aceita pagar indenização à ONU por prejuízos em Gaza

Atualização:

Israel concordou em princípio em reembolsar prejuízos sofridos pela ONU durante a guerra de um ano atrás na Faixa de Gaza, disse um porta-voz da entidade na quinta-feira. Martin Nesirky não citou cifras nem outros detalhes do acordo, mas um inquérito da ONU no ano passado estimou os prejuízos da entidade em 11 milhões de dólares, a maior parte dos quais causados por forças militares israelenses. Israel lançou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009 para tentar impedir o disparo de foguetes de militantes contra as cidades israelenses. O confronto matou mais de 1.400 palestinos, além de 13 israelenses. Uma fonte da ONU disse, sob anonimato, que uma cifra de 10,5 milhões de dólares "foi jogada por aí, mas nada foi finalizado". Israel diz que os danos às instalações da ONU não foram intencionais, e que seus soldados respondiam a disparos palestinos. O Estado judeu, no entanto, aceitou analisar o pedido de indenização feito em julho pela ONU. "Um acordo foi alcançado em princípio sobre os termos de um arranjo pelo qual Israel faria um pagamento às Nações Unidas", disse Nesirky a jornalistas. A ONU espera uma autorização "iminente" do governo israelense para o acordo, disse o porta-voz. "Quando esse sinal verde for dado, um acordo será formalizado entre as Nações Unidas e Israel, e um pagamento será feito". Nesirky disse que o assunto surgiu durante um telefonema na terça-feira entre o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak. Funcionários da ONU dizem que a indenização se refere principalmente a patrimônio, já que não houve perda de vidas da ONU. O principal dano ocorreu em 15 de janeiro, quando disparos israelenses, alguns deles contendo substâncias incendiárias, atingiram um edifício da Agência de Obras e Alívio da ONU (Unrwa, na sigla em inglês), entidade que fornece ajuda a refugiados palestinos. Um depósito e um centro de treinamento foram danificados. Várias escolas mantidas pela ONU também foram alvejadas no conflito. (Reportagem de Patrick Worsnip)

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