Israel anuncia ampliação de assentamentos na Cisjordânia

Esta é a quarta medida deste tipo desde a chegada de Trump ao poder; governo de Netanyahu reclamou de pressão de Obama contra novas colonizações

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Atualização:

JERUSALÉM - O Estado de Israel anunciou nesta quarta-feira, 1º, a construção de 3 mil casas de colonização da Cisjordânia ocupada, a quarta medida deste tipo em menos de duas semanas após a chegada de Donald Trump à Casa Branca.

Autoridades israelenses aproveitam o espaço que a agenda conservadora de Trump abre para ampliar assentamentos Foto: Thomas Coex/AFP

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"O ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiram autorizar a construção de 3 mil novas casas em Judeia e Samaria", informou comunicado do governo publicado na madrugada desta quarta-feira. 

Judeia e Samaria é o nome que os israelenses dão à Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.

Desde a posse de Trump, em 20 de janeiro, Israel havia avançado na ampliação das colônias em três bairros do leste de Jerusalém, além da edificação de 2.502 novas casas na Cisjordânia.

Na quinta-feira passada, 26, em um terceiro anúncio, o município de Jerusalém havia dado o aval à construção de outras 153 novas casas, cuja construção teria sido suspensa por pressão do governo Barack Obama.

As autoridades israelenses aproveitam o espaço que a agenda conservadora de Trump abre, abandonando a relativa moderação observada em suas atividades de colonização durante as últimas semanas da presidência de Obama.

"Construímos e seguiremos construindo", prometeu Netanyahu, segundo o qual a gestão Trump constitui uma "oportunidade formidável após as enormes pressões do governo Obama". /AFP

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